Mais de 300 milhões de pessoas sofrem de asma no mundo todo, é o que estima a OMS – Organização Mundial de Saúde. No Brasil, esse número chega aproximadamente a 20 milhões.
A asma é uma das doenças crônicas mais comuns entre adultos e crianças e a 4ª maior causa de hospitalização no país – o que representa uma média anual de 350 mil internações, só na rede pública de saúde -, de acordo com os dados Ministério da Saúde.
Para se ter uma ideia da importância do tema, no Brasil, foi criado o Dia Nacional de Controle da Asma, celebrado no dia 21 de junho.
A data comemorativa chama a atenção para os cuidados que se deve ter em relação à doença, desde seu diagnóstico precoce até o tratamento e o acompanhamento com especialistas na área.
Asma X Coronavírus
Atualmente, o foco das campanhas de conscientização estão voltadas à pandemia do novo Coronavírus e por se tratar de uma enfermidade pulmonar, a asma entra na lista do grupo de risco da Covid-19. Como o novo Coronavírus se aloja no pulmão, as doenças respiratórias crônicas, como a asma, se tornam agravantes, principalmente em pacientes que já têm histórico de sintomas persistentes graves como falta de ar, tosse constante, entre outros.
Para orientar médicos e profissionais da saúde em relação ao tema, a SBPT – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia divulgou um posicionamento sobre o Manuseio da asma em vigência da pandemia do novo coronavírus.
No documento, a SBPT destaca pontos como a importância dos pacientes manterem os tratamentos, conforme orientação de seus médicos, ressalta o distanciamento social como a melhor maneira de prevenção, indica ainda a vacinação contra gripe e pneumococo como forma de controle de outros possíveis agravantes, entre outras medidas.
Novas recomendações para o manejo da asma
Por sua relevância, a asma tem sido tema de muitas pesquisas no mundo todo que visam melhorar a qualidade vida de milhões de pacientes.
Os estudos médicos, aliados às ações de conscientização da população e à ampliação do tratamento e distribuição de medicamentos para os asmáticos na rede pública de saúde já mostram resultados no país.
De acordo com o Datasus, banco de dados do Ministério da Saúde, em uma década, as internações por asma caíram 49%. Vale destacar que, mesmo com o número em queda, as hospitalizações em decorrência da asma ainda apresentam um elevado índice (4ª maior causa de internação no Brasil).
Outros resultados alcançados, por meio das pesquisas apresentadas pela classe médica, são as atualizações nas normativas relacionadas ao tratamento da asma.
No início deste ano, a SBPT – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia publicou no Jornal Brasileiro de Pneumologia as “Recomendações para manejo da asma de 2020”.
As novas medidas visam estabelecer caminhos de controle e atendimento que minimizem riscos para os pacientes.
O documento, elaborado por 22 pneumologistas e pneumopediatras, é direcionado aos médicos e profissionais da saúde e apresenta recomendações de tratamento farmacológico em adultos e crianças com asma, já com base nas diretrizes internacionais mais recentes e adaptadas à realidade do Brasil.
Entre os tópicos abordados na publicação estão: A diferença entre controle e gravidade da asma; Exposição ambiental e ocupacional; Manejo da asma por etapas baseado no controle; Opções alternativas para o tratamento; Tratamento de resgate com SABA (Short Acting Beta-2 Agonist ou Beta-2 agonista de curta duração).
Para conferir o documento com as novas recomendações na íntegra acesse o link https://bit.ly/30OBwB2.
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